UPA não! Cadeia sim
As obras da cadeia pública de Brusque estão três meses atrasadas e a inauguração, marcada pelo governador Luiz Henrique para esta sexta-feira (10), só deve acontecer em janeiro do ano que vem, ou mais tarde. Na tarde desta quarta-feira (8), o engenheiro da Secretaria de Segurança Pública e responsável pela fiscalização da obra, Silvestre Salvadore Junior, garantiu que a chuva prejudicou o cronograma físico previsto.
O prazo também está ficando curto para a solução de outro problema que parece mais grave do que a falta de conclusão das obras, diz o engenheiro. As tentativas feitas de localizar água nas proximidades da obras não tiveram resultado positivo. "Até agora, os 30 mil litros de água/dia para manter a cadeia pública de Brusque pode se transformar em um novo pesadelo". diz Silvestre Junior.
O governo do Estado estava contando com o dinheiro da venda do BESC ao Banco do Brasil, para custear as obras de cinco cadeias iguais a de Brusque. No período de construção, esse dinheiro não chegou Silvestre Junior não confirma que,além da chuva,a falta de recursos pode ter contribuído para o atraso na conclusão da obra.
Ontem, o Banco do Brasil depositou na conta do governo de Santa Catarina, pela incorporação do Besc, R$ 212 milhões, o que pode agilizar o trabalho a partir de agora.
Ainda segundo Silvestre, a cadeia pública de Brusque não pode ser chamada de Unidade Prisional Avançada (UPA), cuja nomenclatura não existe para o ministério da Justiça. O que está sendo construído em Busque é um local para a guarda provisória de pessoas que aguardam julgamento.



